“Quero encorajar todas as mulheres, especialmente se tiverem um histórico familiar de câncer da mama ou de ovário, a procurarem informações e especialistas médicos que possam ajudá-las neste aspecto da sua vida, e a fazerem as suas próprias escolhas informadas”. Angelina Jolie, 2013.
Esta frase foi da atriz Angelina Jolie, após descobrir ser portadora da mutação BRCA1 e optar por medidas profiláticas e redutoras de risco. Sua mãe, sua avó e sua tia haviam sido acometidas por câncer de mama ou ovário. Vamos falar um pouco mais sobre o câncer de mama hereditário?
O câncer de mama hereditário, ou seja, aquele de origem genética, está associado a menos de 10% de todos os casos de câncer de mama diagnosticados. Costuma estar relacionado com pacientes mais jovens e com uma forte histórico familiar tanto de câncer de mama como de outros tipos de cânceres na família.
Diante da suspeita de câncer de mama hereditário é necessária a realização de um painel genético para pesquisa de mutações gênicas. Além de otimizar o tratamento da paciente, também será importante a orientação de familiares para pesquisa da mesma mutação, que poderão realizar medidas profiláticas para prevenir o aparecimento do câncer.
O teste genético também pode ser solicitado para indivíduos com um histórico familiar fortemente positivo para câncer de mama e outros tipos de câncer. O médico mastologista, em conjunto com o oncogeneticista, poderá avaliar se há necessidade da solicitação do exame e qual o melhor teste a ser realizado. Importante ressaltar que a idade de aparecimento da doença e o grau de parentesco são essenciais para essa avaliação.
No próximo post falarei mais sobre o que podemos fazer diante dos diferentes resultados do teste genético.