Dra. Gabriela Nóbrega
Câncer de Mama
O câncer de mama é o câncer mais frequente nas mulheres. Um seguimento especializado faz a diferença no tratamento.
O Brasil tem cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama previstos até 2025
O câncer de mama é uma neoplasia maligna que se origina nas células da mama, geralmente nos ductos ou lóbulos mamários.
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, sendo também importante causa de mortalidade. Apesar de raro, pode afetar homens com menor frequência.
Como identificar?
É importante estar ciente dos sintomas do câncer de mama para procurar a assistência médica ao notar quaisquer alterações. Além disso, a realização de exames de rastreamento pode identificar o câncer de mama em estágios mais iniciais, favorecendo as chances de cura.
Como realizar o diagnóstico?
Entre os exames de imagem que podem ser solicitados para auxílio diagnóstico podemos citar: mamografia, ultrassonografia e ressonância de mamas.
Após a identificação da lesão, é realizada uma biópsia para o diagnóstico anatomopatológico e definição do subtipo do câncer de mama.
Como é o tratamento?
O tratamento é multidisciplinar e individualizado, envolvendo controle local e sistêmico.
Entre as modalidades terapêuticas empregas estão: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
O subtipo do câncer de mama, idade e desejo da paciente são alguns dos fatores levado em consideração na hora de decidir o melhor tratamento.
Como é o seguimento?
Após o tratamento adequado, a paciente continuará sendo avaliada rotineiramente. Além de prevenir recidivas, o seguimento tem como objetivo garantir qualidade de vida para essas mulheres.
Como prevenir?
Um estilo de vida saudável com atividade física regular, controle do peso e redução no consumo de bebida alcoólica reduzem de forma significativa o risco de desenvolver câncer de mama.
Através de uma consulta médica, o mastologista pode analisar seu histórico familiar e identificar se você possui alto risco para câncer de mama, podendo o teste genético ser necessário.
Caso positivo, um rastreamento mais intensivo é realizado, e algumas outras medidas redutoras de risco, como a mastectomia profilática, podem ser indicadas para garantir qualidade de vida para essas mulheres.
Como será o cuidado durante todo esse processo?
Aqui chegamos ao ponto mais importante, na mulher que estará enfrentando tudo de frente, com suas angústias e preocupações.
Nesse momento, vemos que não se trata de apenas uma paciente com uma doença, mas de uma mulher com família, trabalho, vaidades, inquietações, vontades e responsabilidades.
Nesta etapa, a mulher precisa ser cuidada com carinho, acolhida com empatia e ter respeitada a sua autonomia, sua vida não irá parar.
A nossa equipe de saúde estará pronta para confortar e apoiar a mulher além da doença.
Quais são os sintomas?
Nódulo palpável
Um dos sinais mais comuns é a palpação de nódulo ou espessamento na mama ou na axila.
Assimetria
O câncer de mama pode causar alterações na forma ou no tamanho mamário, causando assimetria entre as mamas.
Alterações na Pele da Mama
Isso pode incluir vermelhidão, endurecimento ou outras mudanças na textura da pele.
Fluxo papilar
Saída de secreção mamilar de forma espontânea ou à expressão, principalmente unilateral, sanguinolenta ou transparente.
Alterações no Mamilo
Mudanças na aparência do mamilo, como inversão repentina ou descamação.
Dor na Mama
Embora muitas mulheres com câncer de mama não sintam dor, algumas podem experimentar desconforto ou dor mamária.
Perguntas Frequentes
Que exames são feitos no rastreamento do câncer de mama?
O rastreamento do câncer de mama geralmente envolve exames que visam detectar precocemente possíveis anomalias nas mamas, proporcionando melhores chances de tratamento eficaz. O principal exame de rastreamento é a mamografia. Ela é imprescindível para o rastreamento do câncer de mama e deve sempre ser solicitada anualmente para todas as mulheres a partir dos 40 anos. Outros exames como ultrassonografia e ressonância magnética podem ser solicitadas em situações especiais.
O exame clínico das mamas é realizado por um profissional de saúde para detectar quaisquer alterações nas mamas e é recomendado em conjunto com a mamografia.
Além disso, ainda temos o autoexame das mamas, que apesar de não ser considerado um método de rastreamento, é altamente recomendado e mulheres são encorajadas a conhecerem suas próprias mamas e relatar quaisquer mudanças ao médico.
O que aumenta o risco para ter câncer de mama?
Alguns fatores que aumentam o risco de câncer de mama incluem a idade avançada, obesidade, consumo excessivo de álcool, longos períodos de exposição estrogênica, radioterapia torácica entre outros.
Além disso, um histórico familiar oncológico importante e a presença de mutações genéticas podem aumentar o risco de ter câncer de mama.
É importante lembrar que a presença desses fatores não garante o desenvolvimento da doença, e muitas mulheres diagnosticadas não têm fatores de risco aparentes.
Exames regulares e aconselhamento médico são essenciais para a detecção precoce e manejo do câncer de mama. Além disso, um estilo de vida saudável visando um peso ideal, prática de exercícios físicos e redução no consumo de bebidas alcóolicas comprovadamente diminuem o risco de ter câncer de mama ao longo da vida.
Como saber se tenho alto risco para câncer de mama?
Esta avaliação é realizada inicialmente pelo médico mastologista, que irá avaliar seu histórico pessoal e também familiar. Poderá utilizar calculadoras de risco específicas para resultados mais refinados.
Além disso, um teste genético e a interconsulta com um médico geneticista poderá ser solicitada.
Caso você tenha alto risco para câncer de mama, medidas preventivas adicionais poderão ser tomadas como aumento na frequência das consultas, solicitação de ressonância magnética das mamas e a discussão de procedimentos cirúrgicos profiláticos.
Como é feito o diagnóstico de câncer de mama?
O diagnóstico de câncer de mama envolve exames de imagem, exame clínico das mamas e o resultado da biópsia, que trará informações anatomopatológicas e imuno-histoquímicas da lesão.
O processo visa avaliar a presença de anormalidades e confirmar o diagnóstico por meio da análise do tecido mamário. A detecção precoce é fundamental para um tratamento eficaz.
Qual o melhor tratamento?
O tratamento ideal para o câncer de mama é multidisciplinar e varia conforme o estágio e características específicas do tumor.
Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou imunoterapia, dependendo das circunstâncias individuais.
O plano de tratamento é determinado em conjunto por uma equipe multidisciplinar, visando eficácia e considerando a saúde geral da paciente.