Como é o processo de congelamento de óvulos?
Como falado no post anterior, o processo de congelamento de óvulos consiste em um procedimento para preservação da fertilidade da mulher, seja por desejo próprio ou por alguma condição de saúde que a faça postergar a maternidade.
Apesar de existirem diversos protocolos, o processo de congelamento de óvulos consiste, basicamente, em duas etapas: a primeira, que consiste na estimulação da ovulação, e uma segunda que seria a coleta de óvulos propriamente dita.
A estimulação da ovulação ocorre por meio do uso de diferentes hormônios, por um período de aproximadamente 02 semanas, com o intuito de “recrutar” a maior quantidade de folículos nesse ciclo, visando, assim, um maior número de óvulos ao fim do processo.
A coleta de óvulos consiste em um procedimento guiado por ultrassonografia transvaginal onde os óvulos são diretamente puncionados e aspirados dos ovários. É realizado sob sedação em uma sala cirúrgica com anestesista. Após a aspiração, os óvulos são analisados e congelados no laboratório até serem utilizados.
O processo, como um todo, geralmente é simples e bem tolerado pelas pacientes, apesar de ter alguns efeitos colaterais. O uso de altas doses hormonais podem ocasionar a alteração de humor, irritabilidade, dor e edema em mamas e aumento do volume abdominal, porém todos de forma temporária. Além disso, pelo estímulo ovariano, podem ainda ocorrer torção ovariana ou a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano.
Por esse motivo, todo o processo deve ser realizado por um ginecologista fertileuta experiente e de sua confiança. Ele quem vai avaliar seu caso e indicar o melhor esquema e procedimento para você. A quantidade de óvulos coletados varia muito de pessoa para pessoa, sendo necessário, algumas vezes, a repetição do processo para uma maior quantidade de óvulos congelados.